
Publicado em junho 28th, 2019 | Por Rodrigo Cirne
0Homem-Aranha: Longe de Casa
Se você, leitor do Embrulha temia que a Marvel, após o gigantesco sucesso de Vingadores: Ultimato, e consequentemente, com o fim da linha para alguns dos seus grandes heróis, iria desacelerar as suas produções, e focar em outras histórias, tenho uma boa notícia: Ainda há muito o que ser explorado.
Como já era sabido, este novo filme do Amigão da Vizinhança, finaliza a Fase 3 da Marvel, com toda razão, já que este é o primeiro filme que lida com os efeitos pós Ultimato, onde no meio de tudo isso, temos um adolescente de 16 anos, (já que Peter não viveu por 5 anos, devido ao Estalo de Thanos, que no filme é chamado de Blip), que tem que lidar com a perda de seu Mentor/Pai, Tony Stark (com muitas referências e lembranças durante o filme), ao mesmo tempo em que quer tentar viver uma vida normal, como qualquer adolescente, ao lado dos seus amigos, e do seu grande amor, MJ (Zendaya, que eu particularmente adoro), e é neste contexto que começamos a explorar a Europa, neste Longe de Casa.
Querendo apenas curtir as férias escolares com os amigos, Peter vai para a Europa com apenas um intuito: Declarar seu amor para MJ, e essa interação entre o casal Peter/MJ é um dos melhores acertos no roteiro. Explorando as inseguranças de todo adolescente, Peter, com a ajuda do seu parceiro Ned, tenta de todas as formas, criar um clima, para que a viagem seja a mais romântica possível. Porém, como todo bom filme de Super Herói, a ameaça aparece justamente onde está o nosso mocinho. E desta vez, ela surge das Forças da Natureza, chamados de Elementais (Terra, Fogo, Água e Ar), que separadamente, se tornam criaturas com um único propósito: destruição em massa, por onde passarem. O que nosso Herói não contava, era que no meio de tanta destruição, apareceria um novo vigilante, que, com todo carisma apresentado, faz com que Peter o veja como seu novo mentor, e essa dinâmica entre Peter e Mysterio (Jake Gyllenhall, ótimo como sempre, e finalmente fazendo parte de um filme do Aranha, já que ele era um dos candidatos a viver a primeira encarnação do nosso Herói, que foi vivido por Tobey Maguire), é o ponto alto do enredo. Tom Holland e Jake Gyllenhall tem ótimas sequências, tanto as de ação, quanto as de momentos mais intimistas, como a cena onde eles estão conversando num bar, e Peter vê em Quentin aquele que pode substituir Tony Stark, como seu novo mentor.
Repleto de cenas de ação, Longe de Casa é o filme que melhor combina todos os aspectos de Peter/Aranha, que faltaram nas outras projeções. Tom Holland mostra mais uma vez que é uma das melhores escolhas que a Marvel fez, e seu elenco de apoio faz jus a história do Teioso, e mesmo com o final da Fase 3 da Marvel, o futuro das histórias do Amigão da Vizinhança, estão mais do que garantidas. A nós, resta apenas aguardar o anúncio das próximas produções dos Estúdios Marvel, para vermos novamente o Amigão da Vizinhança em ação, seja com os Vingadores, seja em vôo solo.
Obs: Como sempre, o filme apresenta duas cenas pós créditos, que deixam bem claro quais os próximos passos que o MCU pretende seguir. E uma das cenas vai pirar a cabeça dos fãs do Aranha.
Agradeço a Sony Pictures do Brasil pelo convite, e dedico esta crítica a meu irmão, Carlos Cirne, que foi a primeira pessoa a me levar no cinema, e me ajudou a ter esse amor tão grande pela Sétima Arte.